A Búfala Almeida Prado & sua produção humanizada

Aqui na Búfala Almeida Prado, as pessoas sempre vieram em primeiro lugar. Tanto assim que as primeiras bufalinhas chegaram para alimentar as crianças na Fazenda Rio Pardo. “Nos anos 1980, eu tinha quatro filhos pequenos e queria dar um bom leite. Acabei comprando as búfalas de um compadre e logo a família se apegou, porque elas eram curiosas e muito dóceis”, conta a proprietária, Maria Cecília de Almeida Prado.

Para manter a tranquilidade desses animais, Cecilinha estabeleceu a música clássica como trilha oficial da ordenha e, em bem pouco tempo, tinha leite para além das crianças e dos bezerros. Fazer queijo caseiro e abastecer vizinhos de porteira tampouco era suficiente. Com a ajuda da comunidade local, nascia uma pequena fábrica.

O surgimento da pequena fábrica

Então, nos anos 1990, veio o boom da mozarela de búfala e, sem fugir da essência de levar um alimento nutricionalmente generoso às pessoas, o laticínio Búfala Almeida Prado se estabeleceu e, nos últimos anos, caiu nas graças dos maiores chefs de cozinha do país. Verdade seja dita, a grande culpada foi a burrata.

Moldada exclusivamente por mãos femininas, o queijo artesanal começou por seduzir o italiano Luca Gozzani, que desenvolveu conosco uma receita própria para o Grupo Fasano. Já Vanessa Silva, da mesma grife gastronômica, tornou-se a única cozinheira a receber o creme de leite fresco das búfalas – o mesmo que recheia as bolas cremosas de nossa burrata, também adotada por Felipe Bronze, Henrique Fogaça, Salvatores Loi e por restaurantes como Bráz, Napoli Centrale, Cór, Vinheria Percussi, entre muitos outros.

Paola Carosella, por sua vez, não tem burrata no menu, mas é fã confessa da ricota doce e delicada do laticínio. A Carlos, considerada a melhor pizzaria do país, usa nossas mozarelas, a mesma que Erick Jacquin utiliza para fazer saladas e para rechear raviólis. E essa lista não para de crescer!

Hoje, vegetariana, hinduísta e defensora dos animais, a matriarca Maria Cecília nunca havia imaginado tamanho sucesso! Para ajudá-la, conta com as filhas Mariana (responsável pelo bem-estar dos animais e pela implementação de novas tecnologias) e Veridiana (a diretora) para administrar o rebanho com média de 250 lactantes durante os 365 dias do ano. E, claro, transformar em queijo os 10 mil litros de leite diários.

Com o excedente de leite e a ajuda da comunidade local, surgiu a fábrica que, organicamente foi crescendo, crescendo e… acabou adotada pelos grandes chefs de cozinha do país.

Não estamos sós!

Para enfrentar o momento tão desafiador para o mundo e, claro, para a indústria gastronômica, executivos do Laticínio Búfala Almeida Prado desenvolveram uma rede associativa com os melhores produtores da região de Jaú, cidade na região central do interior paulista. Surgiu assim o Pop Up Cucina.

Trata-se de um programa pioneiro que combina frutas e vegetais orgânicos, cogumelos, cafés e avocados de origem, cervejas e gelatos artesanais, pães de fermentação natural, dicas de harmonização com vinhos e receitas de um grande chef de cozinha a um ato de cidadania – o de aproximar quem faz de quem consome e, assim, promover uma alimentação prazerosa e consciente.

Em plena pandemia, ela começou com um sistema próprio de delivery e hoje ajuda restaurantes locais com consultorias. Por meio desses establecimentos, revela ingredientes premium para quem está tão perto, ao mesmo tempo em que mantém vivo o belo – e duro – trabalho dos produtores por trás deles. Dessa forma, consolida a missão de criar uma nova forma de se alimentar que perdure daqui para frente

Isso vale para nossos queijos e os de cabra da Cabriola, para os grãos especiais da Café Fazenda Imperial, para as cervejas da Casa da Mina, para os gelatos da Di Famiglia (@difamigliagelato), para os shimejis e shiitakes da Fungibras (@fungibrascogumelos), para os embutidos da Salumeria Italiano, para o hortifruti do Sítio Rio do Peixe (@riodopeixesitio), para os ovos caipiras do Sítio Santo Antônio, para o avocado Jaguacy, entre outros.